Territórios e espaço aberto!
Esta semana, para fugir do espírito coletivo carnavalesco que envolve toda uma nação procurei me refugiar no interio de São Paulo, um lugar com menos incidência da histeria coletiva.
Sai de Porto Alegre dia 23 de Fevereiro as 23:55 e cheguei em São Paulo uma hora e meia depois, quer dizer 1109 Km nesse pequeno espaço de tempo.
Onde quero chegar? Foi a primeira vez que andei de avião, mas não foi essa a primeira vez que fui até lá. Na outra vez fui de ônibus e levei aproximadamente 24 horas para percorrer o mesmo espaço geográfico.
A diferença entre estas duas experiências são fantásticas. Levando em consideração que a distãncia não mudou, minha percepção das duas experiências foram totalemnte distintas. Numa eu tenho 24 horas me deslocando pelas estradas estimulando meus sentidos, captando sensações e acumulando informações. Na outra tenho aproximadamente 90 minutos de intensa velocidade e um friozinho na barrida devido aos meus pés não se fixarem mais no chão, mas muito pouca impressão sensorial.
Hambas tiveram deslocamento geográfico e esse é o fato concreto. Nesse ponto eu chego onde queria chegar. O que acontece quando abolimos o único referêncial concreto e "viajamos" nos espaços eletrônicos?
Primeiro, a variável tempo deixa de existir. Podemos acessar uma informação do outro lado do mundo tão rápido quanto uma que esta no servidor aqui do lado da minha casa.
Segundo, as sensações construidas nas telas dos computadores não estão subordinadas ao deslocamento geográfico, porém possuem intensidade suficiente para construir um espaço induzido de realidade.
Nesse processo, abolimos dois fatores que caracterizam o mundo analógico, a distãncia e o tempo. Essa na verdade, é a grande ruptura do mundo dos bits. A ruptura com o material esta umbilicalmente relacionada com a dissipação destas duas grandezas.
Então, como delimitar um território se não se pode mais medi-lo, nem saber quanto tempo levariamos para sair dele e chegar ao lado de fora? Como saber onde estamos agora? Estamos plantados em territórios ou soltos no espaço aberto.....
Sai de Porto Alegre dia 23 de Fevereiro as 23:55 e cheguei em São Paulo uma hora e meia depois, quer dizer 1109 Km nesse pequeno espaço de tempo.
Onde quero chegar? Foi a primeira vez que andei de avião, mas não foi essa a primeira vez que fui até lá. Na outra vez fui de ônibus e levei aproximadamente 24 horas para percorrer o mesmo espaço geográfico.
A diferença entre estas duas experiências são fantásticas. Levando em consideração que a distãncia não mudou, minha percepção das duas experiências foram totalemnte distintas. Numa eu tenho 24 horas me deslocando pelas estradas estimulando meus sentidos, captando sensações e acumulando informações. Na outra tenho aproximadamente 90 minutos de intensa velocidade e um friozinho na barrida devido aos meus pés não se fixarem mais no chão, mas muito pouca impressão sensorial.
Hambas tiveram deslocamento geográfico e esse é o fato concreto. Nesse ponto eu chego onde queria chegar. O que acontece quando abolimos o único referêncial concreto e "viajamos" nos espaços eletrônicos?
Primeiro, a variável tempo deixa de existir. Podemos acessar uma informação do outro lado do mundo tão rápido quanto uma que esta no servidor aqui do lado da minha casa.
Segundo, as sensações construidas nas telas dos computadores não estão subordinadas ao deslocamento geográfico, porém possuem intensidade suficiente para construir um espaço induzido de realidade.
Nesse processo, abolimos dois fatores que caracterizam o mundo analógico, a distãncia e o tempo. Essa na verdade, é a grande ruptura do mundo dos bits. A ruptura com o material esta umbilicalmente relacionada com a dissipação destas duas grandezas.
Então, como delimitar um território se não se pode mais medi-lo, nem saber quanto tempo levariamos para sair dele e chegar ao lado de fora? Como saber onde estamos agora? Estamos plantados em territórios ou soltos no espaço aberto.....
posted by Noosfera Digital at 2:05 PM
4 comments
