25 setembro 2007

Vou escolher à Alegria

Vou fazer uma ode à Alegria. Alegria com letra maiúscula, igual ente sagrado que merece veneração. A ela, uma canção, um reconhecimento, uma homenagem. Não será exatamente uma composição poética de caráter lírico, composta de estrofes simétricas. Pois, a Alegria expande-se para fora dos versos. Seus braços e olhos vão além das estrofes em justa proporção. A Alegria é menina travessa, não obedece a colóquios regulares e teima em quebrar a harmonia resultante de certas combinações discursivas.

Vou deixar a porta aberta à Alegria. Ela é minha convidada. Se ela entrar não há espaço para a tristeza. Pois, a Alegria nunca vem só. Sempre traz alguns amigos inseparáveis: sorrisos, gargalhadas, bom-humor, boas-energias, otimismo, disposição, força-de-vontade, vitalidade, desejo-de-viver, esperança, longa-vida, amor, paixões, coragem, saúde, criatividade, doçura, felicidade, entusiasmo, abraços, bem-querer e sabedoria.

A Alegria é mágica. Quando chega tudo muda. Por onde passa deixa sua marca, seu encanto, sua lembrança. Seu jeito leve, descontraído e juvenil contagia, apaixona, gruda. Ninguém resiste à Alegria.

Basta chamar. A Alegria vem voando feito pipa encantada. Vem dançando no azul infinito, abraçando nuvens e grafitando o nome de quem chamou. Para a Alegria pousar, no entanto, é preciso querer. Um querer de verdade, do fundo do coração. Precisa ser um querer-atitude, uma opção de vida, uma escolha de corpo e de alma.

Quem faz a escolha pela Alegria fica com um “que” diferente. Todos sabem reconhecer: olhos brilhantes, bochechas rosadas e dentes sempre à mostra. Possuem mãos carinhosas, pés inquietos, idéias positivas, são corajosas, criativas, repletas de projetos, sonhos e transmitem boas energias.

Pessoas alegres sempre queremos por perto. Sem elas nossas festas não são festas, são simples encontros. Pessoas alegres são água para a garganta seca, luz para quem vive na escuridão e conforto para quem se amiúda diante do medo.

Vou escolher a Alegria! Que o medo vá embora e leve consigo o passado.

Celica Vebber