17 agosto 2007

Corrigindo um erro

Eu gosto muito da música! Gosto muito de ver o entrelaçamento dos músicos no palco quando fazem música. As performances me encantam. Porque no palco é travada uma luta, um jogo uma cumplicidade. Só podem dividir um palco pessoas que são cúmplices.

Um dia desse eu vi uma banda assim – cúmplice, e cometi um erro. Afirmei que quem mantinha a banda unidade era o baterista. No auge da minha loucura eu cometi um erro. Corrigi-lo é reconhecer que o que mantem uma banda unida é a música!

Quando estão no palco, todos estão na berlinda e para continuarem ali precisam estar unidos, precisam construir a música juntos a cada batida, a cada acorde até a obra estar completa. A música de uma banda é uma obra coletiva!

Bandas acabam porque não é observado o espaço dos parceiros de palco. Casamentos acabam por isso também. E uma vez acabado o que nasceu da espontaneidade não tem mais cura.

Black Cat é assim, uma banda que dá gosto de ver. A personalidade de cada integrante é preservada - está visível. A solidez da bateria, a sobriedade do baixo as nuances da guitarra e as entranhas vicerais do vocal.

É isso! As entranhas do vocal é o toque final, é a pitada de bom gosto. O flutuar da diva guerreira sobre as nuvens de acordes coroa de força e sensualidade uma fórmula que deu certo. Uma fórmula Santa-mariense, uma fórmula que já nos deu a Fuga, a Nocet e várias outras.

O Rock é assim, uma mistura explosiva. É por isso que ele se renova todo o dia e se reinventa a cada momento. É por isso que ele transgride, é por isso que é amado e odiado. E e por isso que ninguém consegue ficar insensível diante dele.

Liandro J. Bulegon