08 novembro 2005

Nos idos dos anos setenta

Quem lembra do seriado "O Homem de sei milhões de Dólares"? Se não lembrar é porque tem menos de 30 anos, o que não configura necessariamente um problema...

Foi com o Steve Austin (o homem biônico) que tive contato pela primeira vez com a idéia do Cyborg. Naqueles tempos o Cyborg soava como um ser mitológico, criado pela soma astronômica de seis milhões de Dólares e um pouco de inteligência humana.

Hoje em 2005, o conceito do cyborg está modificado, ao menos na minha cabeça. Primeiro porque hoje já se pensa o cyborg em duas naturezas distintas, que naquela época eu não entendia: um cyborg interpretativo e um cyborg protético.

O cyborg protético é o ser constituído por carne e tecnologia. O indivíduo que adquire um transplante, uma prótese é um cyborg protético. Um marca-passo, uma mão mecânica, uma muleta ou mesmo uma restauração dentária são peças que formatam este cyborg.

Já o cyborg interpretativo se formata noutra instãncia, ou seja, é forjado no campo da cultura. Assim como o Winston que, sem vontade própria sucumbe ao controle do Grande Irmão no romance 1984 ou pela lavagem cerebral do Laranja Mecânica, o cyborg interpretativo também adquire as "próteses" culturais a que está exposto, através do implasnte ideológico.

Em maior ou menor grau, estamos cada vez mais cyborgs, cada vez mais umbilicalmente ligados na virtualiodade digital pela técnica, que nos forja em corpos e mentes interconectados.

Já não nos basta mais a WWW, agora somos WWWB (World Wide Webbed Body) . André Lemos que o diga, evoluiu o termode Cyborg para Netcyborg....